Futebol, hóquei, basquete e futebol americano possuem uma característica em comum nos games: ganham atualizações anuais, com novos times e jogadores. A produtora Codemasters está tentando manter esse ritmo, trabalhando duro para justificar a existência do F1 2012, a quarta versão da empresa para a franquia baseada na Fórmula 1. A companhia divulgou detalhes sobre o desenvolvimento do título na quinta-feira (19) por meio de uma entrevista com Stephen Hood, diretor criativo.
Perguntado pelo site Eurogamer sobre se haveria novidades suficientes para justificar a edição deste ano, Hood foi enfático: “há muitas”. “F1 2010 chegou a cena e fez um grande barulho porque estamos tentando acessar o que acontece no mundo da F1 e nos bastidores das competições. Não é apenas a corrida, mas também a disputa para atualizar seu carro e coisas que podemos colocar no jogo para deixá-lo atrativo”, disse. A ideia é ir implementado novas ideias com o decorrer dos anos, segundo o diretor da Codemasters.
Como novidade no gameplay, haverá uma ênfase maior no modo singleplayer desta vez e com menos atenção aos aspectos humanos do esporte, focando mais no que interessa: as corridas. Além disso, a interface dos menus receberá um acabamento mais refinado, para passar a sensação “premium” da Fórmula 1, ficando mais próxima do estilo de jogos como a série Shift, da Electronic Arts.
Além dos designs dos carros, a empresa vai adotar as regras da temporada atual, como a regulagem na altura dos bicos (que deixaram os carros com aparência estranha), o impedimento de mais de uma manobra defensiva em ultrapassagens, a proibição do uso de escapamentos aerodinâmicos e a incorporação do sistema DRS-duplo da Mercedes, que otimiza a passagem de ar para um ganho na velocidade.
A dirigibilidade em F1 2012 deverá ficar entre a aderência da versão 2010 com a escorregadia direção da 2011. Segundo Stephen Hood, será mais acessível, apesar de ele “particularmente não gostar da palavra”. “As pessoas pensam que estou tentando banalizar o jogo para conseguir vender mais. Eu não me importo tanto com as vendas, não é minha prioridade número 1. Acredito que se você fizer um jogo melhor em geral, as pessoas vão naturalmente comprá-lo”, disse.
É importante entender o contexto dos jogos de corrida da categoria. Os games de Fórmula 1 se encontravam em uma espécie de limbo desde a época do PlayStation 2, quando a Sony abocanhou os direitos da categoria e lançou uma série de títulos não muito inspirados e exclusivos para seus próprios consoles. Na época, muitos fãs reclamavam que a jogabilidade era arcade demais.
Em 2009 a Codemasters enfim conseguiu a licença e passou a trabalhar na sua própria engine, lançado o primeiro da série, F1 2009, apenas no Nintendo Wii e PSP. Um ano mais tarde, agora com a experiência suficiente, a produtora apresentou o elogiado F1 2010 para PS3, Xbox 360 e PC, seguido pelo F1 2011 que consolidou a franquia como a melhor sobre a categoria desde a época de Geoff Crammond e sua série GP para computadores.
Via TechTudo
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